ID da Obra no SisArp
3418

Informações Gerais

Grau de Alerta
Categoria
Estágio da Obra
Estágio do Licenciamento
Trecho
Querência-MT - Nova Ubiratã-MT
Extensão
166 km

Monitoramento e Fiscalização

Órgãos de Monitoramento e Fiscalização
IBAMA
FUNAI
IPHAN
Instrumentos de Monitoramento
Vistorias Periódicas
Monitoramento Independente
Sociedade Civil Organizada

Planejamento

Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA)
Possui
Anteprojeto
Possui

Projeto

Licenciamento Ambiental

Competência de Licenciamento
Federal
Termo de Referência (TdR) para Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
Possui
TdR Específicos
Povos Indígenas Impactados (FUNAI)

Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)

Tipo AIA
Relatório Ambiental Simplificado - RAS
Municípios na Área de Influência Direta
Paranatinga-MT
Nova Ubiratã-MT
Municípios na Área de Influência Indireta
Paranatinga-MT
Nova Ubiratã-MT
Populações Impactadas
Aweti
Ikpeng
Kalapalo
Kamaiurá
Kisêdjê
Kuikuro
Matipu
Mehinako
Nahukuá
Naruvotu
Wauja
Tapayuna
Trumai
Yudja
Yawalapiti
Agricultores Familiares
Kaiabi
Áreas Impactadas
Xingu
Batovi
Pequizal do Naruvôtu

Impactos Significativos

Gerais
Erosão do solo
Criação de empregos temporários
Data da Emissão
Data de Vencimento
Condicionantes Socioambientais
Órgão Licenciador
Compensação Ambiental

Construção

Licenciamento

Impactos Significativos

Gerais
Alteração da paisagem natural
Erosão do solo
Degradação de áreas exploradas (jazidas, caixas de empréstimos, canteiros, bota-foras)
Contaminação do solo
Poluição da água
Remoção de cobertura vegetal (desmatamento direto)
Perda e fragmentação de área de vegetação nativa
Perda e fragmentação de habitats da fauna terrestre
Aumento do número de acidentes
Criação de empregos temporários
Interferência com sítio arqueológico sem tombamento
Interferência com tombo arqueológico, etnográfico e paisagístico

Licença de Instalação (LI)

Data de Emissão da LI
Data do Vencimento da LI
Condicionantes Socioambientais
IPHAN
Registro e Conservação de Sítios Arqueológicos
Plano Básico Ambiental (PBA) da LI
PBA Geral
Comunicação Social
Supressão de Vegetação
Compensação Ambiental
Plantio Compensatório
Monitoramento da Qualidade da Água
Conservação e Recuperação Ambiental
Proteção do Patrimônio Cultural
Combate a Incêndio
PBA Geral em Execução
Sim

Operação

Licenciamento

Gerais
Alteração da paisagem natural
Erosão do solo
Perda e fragmentação de área de vegetação nativa
Perda e fragmentação de habitats da fauna terrestre
Aumento do número de acidentes
Valorização do preço da terra com riscos de alteração do quadro fundiário

Fontes

Imagens Obra
BR-242 lotes 1 a 4
Sumário da obra
A rodovia BR-242 – também chamada Rodovia Milton Santos – é um projeto de rodovia da década de 1970, cujo objetivo seria conectar a região Centro-Oeste do país ao estado da Bahia. O processo de pavimentação continua inconcluso. A retomada do plano de pavimentação da BR-242 no trecho monitorado por este observatório busca atender às atuais demandas logísticas da indústria agropecuária da região produtora do Centro-Oeste do país, especificamente no estado do Mato Grosso
Corpo de texto

A rodovia BR-242 – também chamada Rodovia Milton Santos – é um projeto de rodovia da década de 1970, cujo objetivo seria conectar a região Centro-Oeste do país ao estado da Bahia. O processo de pavimentação continua inconcluso. A retomada do plano de pavimentação da BR-242 no trecho monitorado por este observatório busca atender às atuais demandas logísticas da indústria agropecuária da região produtora do Centro-Oeste do país, especificamente no estado do Mato Grosso. Na bacia do Xingu, a rodovia localiza-se ao sul do Território Indígena do Xingu (TIX), distando desta TI em aproximadamente 12 km em trecho marcado pela presença de fazendas e elevados índices de desmatamento. Para efeitos de gestão da obra, o traçado da rodovia foi segmentado em 11 lotes, sendo que os 4 primeiros lotes já se encontram pavimentados (do município de Nova Ubiratã até Paranatinga). O projeto da rodovia já foi objeto de disputa entre o governo federal e o estado pela competência do licenciamento ambiental, ou seja, se seria o Ibama ou a Sema-MT o órgão responsável pelo licenciamento da obra. Em 2017 o Ibama tornou-se o órgão licenciador da BR-242, contudo, um trecho de cerca de 35 km da rodovia a leste do TIX é de responsabilidade do órgão licenciador estadual, pois foi aproveitada uma pavimentação já existente. Impactos Socioambientais. Os conflitos socioambientais enfrentados pelos povos indígenas devem ser ampliados com a implantação da obra, tais como a pesca ilegal, a grilagem de terras, a extração ilegal de madeira, o garimpo ilegal, as alterações no microclima regional, o uso extensivo de agrotóxicos e o aumento dos focos de calor. Mas o impacto mais grave está relacionada com a degradação das nascentes do rio Xingu e a perda de remanescentes florestais na região das cabeceiras da bacia. Adicionalmente impactos relacionados com o patrimônio histórico e arqueológico dos povos do alto Xingu não estão devidamente resolvidos. O trecho dos lotes 1 a 4, já pavimentado, termina próximo ao Complexo Arqueológico de Kamukuwaká, local rico em sítios arqueológicos de fundamental importância cultural e religiosa para os povos indígenas do Alto Xingu - mas que ficam fora dos limites do TIX. Kamukuwaká vem sendo gravemente depredado por não indígenas que acessam a região pela BR-242, causando degradação e ameaça ao Complexo Arqueológico. Mais informações sobre a caracterização arqueológica da localidade podem ser encontradas no Relatório de Salvamento Arqueológico. Momento atual. No trecho em questão, a construção de oito pontes é necessária para a operação da rodovia. Tendo o licenciamento ambiental sido reiniciado no Ibama, o DNIT contratou a empresa ECOPLAN para a realização do Estudo do Componente Indígena (ECI) e do Plano Básico Ambiental Indígena (PBAI) para os 11 lotes da rodovia, porém, ainda não se manifestou quanto à realização da Consulta Livre, Prévia e Informada (CLPI) acerca desses estudos. Próximos passos. Os 16 povos xinguanos discutiram os impacto da BR-242 em Reunião de Governança, em novembro de 2017. Entre os encaminhamentos da reunião, foi redigida uma carta na qual se posicionam sobre a obra, dispondo que o traçado deveria aproveitar estradas já abertas na região - evitando desmatamentos -, e ressaltaram que o traçado deve se afastar de Kamukuwaká para a proteção do Complexo Arqueológico. Por fim, reivindicaram o direito de CLPI, conforme a Convenção n.º 169 da OIT.

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Arquivos sobre impactos
Licenças